Tudo vai se tornando estranho, quando começamos a pensar no passado. Parece que vivemos uma história visível e uma outra, invisível. Faça um teste e comece uma caminhada em direção aos seus ancestrais. Por certo, sabe o nome dos seus pais, dos seus avós, talvez dos seus bisnetos… e dos seus dezesseis tataravós?

A partir daí o caminho torna-se mais difícil e nebuloso, envolvendo custos altos e um trabalho árduo de pesquisas e no final, não apresentaria resultados confiáveis. É o ponto em que a maioria das pessoas se desinteressa de prosseguir e sua história então, torna-se invisível para ela.

O mesmo ocorre no sentido inverso, isto é, você sabe com certeza o nome do seu filho, ou filhos, do seu neto, ou netos, talvez dos bisnetos, mas dos tataranetos lembrará? Nessa altura, ou até antes, a morte o interrompe, mas os seus descendentes continuarão sua história, agora invisível para você.

Isto nos faz pensar numa analogia, uma comparação simplista com o espectro eletromagnético. Só enxergamos o que está na faixa de luz visível, o restante é imperceptível para nós, porém outros tipos de luz estão lá, existem.

Agora, voltemos à caminhada rumo aos ascendentes e não importa quem foram, mas quantos foram. Você descende de duas pessoas, que por sua vez descenderam de quatro e assim continua numa progressão geométrica infinita.

Se continuarmos nessa jornada, passaremos pelo Homo Sapiens, Neandertais, Australopitecos… a Lucy africana. Mas, e se avançarmos mais? Talvez cruzemos com os répteis, os anfíbios e retornaremos ao mar, depois à sopa primordial com os organismos unicelulares e pluricelulares…, mas e depois?

Nossa vida começou aí mesmo? Provavelmente não, nossos ancestrais devem ter vagado pelo Universo como sementes em busca de uma terra fértil…

Viu, quantos ascendentes foram necessários para produzir você?…

Você não sabe a importância que tem.

FIM